Porque comecei a dieta cetogênica

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No início do ano escrevi sobre minha dificuldade em manter a lowcarb em momentos difíceis e como estava retomando o foco para não deixar as coisas desandarem de vez.

Segui até o fim de março tentando voltar ao meu padrão de alimentação, mas dessa vez os resultados estavam mais difíceis de aparecerem e tive muito mais dificuldades com o controle emocional.

Em abril viajei de férias e, apesar de não ter exagerado, também não fiquei 100% lowcarb. Mas acabei não engordando, talvez pela sensação boa de “desconectar” do dia a dia (eu não viajava/tirava férias há 3 anos) e baixar o cortisol.

Em maio percebi que minha dificuldade com a lowcarb persistia e então resolvi enfrentar o desafio de começar um período fazendo a dieta cetogênica. Por todos esse anos eu nunca tinha feito a cetogênica por exigir um nível muito baixo de carboidratos todos os dias. Eu quase sempre comi de forma cetogênica no dia a dia, mas sempre com refeições com algum carboidrato nos fins de semana.

Uma dieta cetogênica é basicamente uma dieta muito lowcarb, com a distribuição dos macronutrientes, em geral, seguindo a proporção 70:25:5.

Para entrar de fato em cetose, se manter nela e alcançar seu benefícios é preciso um comprometimento maior e por mais tempo. Mesmo assim eu resolvi encarar esse teste.

Mas por quê?

Porque queria perder peso mais rápido, ter o controle sobre essa relação comida x emoções e claro, conhecer “na pele” essa experiência. Iniciei no dia 20/05 e nem acreditei quando cheguei aos 30 dias! Passei pela keto flu (“gripe”cetogênica) e tive alguma dificuldade para adaptar o planejamento das refeições nos fins de semana. Sem dúvida, sem a ajuda da família teria sido muito mais difícil.

Perdi 5 quilos logo nesses 30 dias e resolvi seguir em frente me permitindo quebrar a cetose a cada 30 dias. O objetivo é seguir até onde conseguir ou até chegar no peso ideal.

No segundo mês eu comecei a sentir os efeitos benéficos da cetose: disposição, foco, zero fome e principalmente zero pensamentos ligados a comida. Como as coisas nunca acontecem como esperado, o segundo semestre chegou me levando novamente para um ciclo de estresse sem fim e não consegui fazer nada como planejado em relação a dieta. Eu tinha me programado para planejar minhas refeições, organizar a rotina de exercícios, calcular os macros das refeições, estudar mais sobre a cetogênica, postar mais… enfim um monte de coisas que não consegui fazer.

Contudo, permaneci seguindo na cetogênica da forma que estava fazendo. Sem otimizar, sem controlar direitinho, fazendo poucas medições, estudando menos do que gostaria e acompanhando a resposta do organismo. Praticamente não baixei meu peso (na balança), mas tenho perdido medidas e principalmente, tenho enfrentado mais um período difícil sem descontar na comida, sem indisposição, sem querer jogar tudo pra cima. Para mim tem sido o maior dos benefícios!

Já passei dos 100 dias e sigo em frente. Há pouco tempo, comecei algumas mudanças que imagino que trarão também os resultados na redução de peso. Depois volto para contar. 😉

No fim das contas, tem sido um período de mais autoconhecimento e atenção com o corpo e a saúde. Eu mirei na perda de peso rápida, mas acabei alcançando outros benefícios que no momento são muito mais importantes. 🙂

4 COMENTÁRIOS

  1. Tamo junto! Eu também sempre fiz dieta ceto/ low carb, meio misto, porque tinha medo de perder muito peso e dificuldade na logistica da comida. Mas preciso fazer porque tenho resistência a insulina. Por causa do baixo peso, tinha dificuldade em reduzir o carbo, mas eu não tenho outra saída. Comecei em agosto e vou ver até aonde vou chegar.

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